os castelos a ruir... as borboletas a perderem as asas...

Durante uma semana a sermos assolados por castelos no ar e borboletas a esvoaçar no estômago, à nossa volta, em todo o lado... sentimo-nos vivos... É A SEMANA...
De repente, a dúvida... a eterna dúvida dos sentimentos... dá, não dá... devemos, não devemos... Optei pela RAZÃO.... o que faz mais sentido quando estamos apaixonados? Se for a razão, cortamos o mal pela raíz, quando sentimos que as coisas não devem seguir esse rumo... quando achamos que não são 2 mas sim 3 ou 4... desses 3 ou 4... há a grande probabilidade de todos serem magoados, só um sai magoado... mas ninguém sai impune... então opta-se pela razão... matam-se saudades inexplicáveis e que não deveriam existir, mas que existem, pisando o mesmo chão que sabemos que um dos dois pisa, que ficamos de ter pisado os dois sem nunca o ter feito, tentamos sorrir quando o sol brilha de novo e quando jão não nos visitava há muito, vestimos roupas claras que contrastam com o que nos vai na alma e aceitamos o ruir dos castelos e o perder das asas das borboletas... ficando porém com a eterna dúvida... fizemos bem? Fizemos mal? Razão ou coração?

Cobardemente optamos pela razão, tentando proteger-nos, mesmo sabendo que nunca saberemos se essa foi a opção correcta.... Só temos uma certeza... AS SAUDADES DO QUE NÃO SE VIVEU MAS QUE GOSTARIAMOS DE TER VIVIDO...

(Foi muito bem ver o nascer de mais um castelo e assistir a mais umas borboletas no estômago... e se assim é... viva a emoção.... abaixo a razão!!!)

Borboletas e castelos algures....

Efectivamente estamos em Junho mas não parece nada... chove, está escuro... o tom de pele mantem-se incrivelmente pálido... também, quem me manda utilizar protectores e afins e ir para a praia depois das 16h30m? Pois bem... os amigos e a minha irmã mais nova.... que na realidade parece mais velha.... crava-me os produtos e depois diz que tenho que me proteger... «olhó cancro!!!»

Enfim... passaram-se umas semanas desde que escrevi o primeiro dos textos e já a minha vida deu muitas e muitas voltas.... é, como diz um amigo... «a minha vida é uma novela, da qual eu sou o personagem principal»....

Às vezes queixamo-nos que temos tudo mas só não temos amor... e quando o temos... porque fugimos dele?

É muito mais cómodo estar com alguém de quem gostamos muito, que achamos doce, que manifesta equilibrio mental, fidelidade, delicadeza, dedicação mas que não conseguimos amar... ou... será mais fácil deixa essa paz toda e entregar-nos a outra pessoa que te provoca borboletas no estômago, que tranforma qualquer lugar num castelo, mesmo sabendo que em alguns dias, horas, quem sabe semanas essas boroboletas têm que ficar com as asas cortadas e esses castelos tranformam-se apenas em locais banais?

É melhor gostar muito sem grandes emoções e deixar a vida passar, ou.... SENTIR AS BORBOLETAS A BATER NAS PAREDES DO ESTÔMAGO E SENTIR QUE ENCONTRAMOS A PESSOA QUE QUEREMOS TER A NOSSO LADO.... correndo tantos e tantos riscos de nos espetarmos na primeira esquina... Como diz Su Maria... «Estás.... f...d...» isso mesmo, termina em ido... let's music play and let's dance according to it....